terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Beijo De Um Vampiro


Vou lhes contar um fato que ocorreu comigo em Março de 1986... Não foi algo muito legal, mas não quer dizer que eu não gostei, neste dia envelheci vinte e dois anos ou mais cada dia que se passava era um arrastão de sentimentos, eu não sabia lhe dizer o que era certo ou errado, e até hoje não tenho mais este dom... As palavras nem sempre estão de acordo com os nossos sentidos, eu poderia negar, mas eu estava com as mãos atoa... Eu poderia começar por onde? Bom, o começo não foi tão entusiasmante, mas, em compensação o meio e o fim pode se dizer que foi realmente chocante e cheio de endorfina. Mas a coincidência é a tal, voltando em Março, na segunda semana em 1986... - Era uma tarde, havia flores no quintal, quando no portão estava lá, de branco e com um chapéu, o pôr do sol se arqueava sobre o rosto, o vestido bege que me vestia era rodado simples, e então ele me chamou, se apresentando como Mr. Jefer Vox, eu prestando atenção sobre os lábios dele, respondi à todo olhar : " Prazer, me conheça por Catarina She" . Com olhos esvaindo fui me retirando, mas não pude deixar de perguntar o que lhe levava ao meu lar, e ele sem olhar em meus olhos, foi dizendo que se interessou pela minha mão. Sem deixar muita brecha fui caminhando pela estrada de terra e o rapaz seguindo meus rastros, e por assim foram varias tardes.... Na terceira semana de março em um sábado havia lhe encontrado em frente uma sorveteria no centro da cidade, estava fresca àquela noite, era noite de lua cheia, clara e exibida, andei por uma rua escura, e lá estava ele, olhando minha face pávida, aquela pele fria me sobrepondo à muralha de um clube, era olhos nos olhos e pele com pele, entre o meu medo e a vontade dele, um beijo aconteceu, e ele delicadamente acariciou meu pescoço e disse foi sussurrando ainda não é a hora, e eu sem entender fui me soltando de seus braços, e ele se desculpando, minha pele de pávida se tornou vermelha, e borrada, fui correndo pra casa. Três dias depois ele começou a frequentar a casa como amigo de meu Pai Agusto, era companheiros de trabalho, eu sempre tão envergonhada, e o rapaz sem moradia, foi convidado a morar em minha casa, era grande por sinal, mas ai se encontrava o problema, eu sentia vontade de invadir os cômodos onde ele se encontrava. Até que ele passou a me observar a dormir, e um dia pela madrugada, senti sua pele fria entrando em contato com minha pele, seus beijos arrastava minhas mãos que o causava mais prazeres, e em um certo ponto ele tampava minha boca e eu sentia algo escorrer em sua pele, era algo sujo e proibido, Mr. se levantava e se retirava, e seriam várias noites assim. Saiamos a tarde, e nos estremeciam à noite... Certo dia ele se despediu e me beijou ardentemente na porta de casa, e me deixou um simbolo em minha nuca, uma mordida, e disse " - sempre ao pó, sempre à terra, eu já não posso mais ficar, Adeus She, mas lembre-se em todo maio eu persistirei em lhe mandar cartas, e que este beijo seja a tua lembrança de um Imortal. "

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